Um caso perdido. Será?

A trajetória de vida de uma mãe de família que foi ao fundo do poço e chegou até mesmo a se prostituir

A esteticista Ana Lúcia Gouvea (foto ao lado), de 43 anos, mãe de cinco filhos, tem hoje motivos de sobra para comemorar e agradecer a Deus pela vida feliz e realizada que tem. Porém, nem sempre foi assim.

“Servi aos encostos por 10 anos. Na verdade fui entregue a eles ainda na adolescência pela minha mãe. Desde então, minha vida foi cercada por derrotas. Era depressiva, nervosa, tinha dores de cabeça fora do comum e tantos outros problemas. Casei-me acreditando que seria feliz, mas os problemas continuaram e só aumentaram, pois meu marido arrumou amantes, o que me deixou profundamente abalada. Em função disso, vivia chorando”, conta.
Ana lembra que a primeira filha foi oferecida às entidades antes mesmo de nascer. Resultado? A criança nasceu cheia de problemas.
“Nessa época, não dormia, chorava muito e, aos 2 anos de idade, começou a desenvolver um atrofiamento nas pernas. Os médicos disseram que ela teria de dormir com um aparelho ortopédico da cabeça aos pés”, diz Ana, ressaltando que nessa mesma época engravidou novamente.
Vida escravizada

Para completar o quadro desanimador, a esteticista conta que não tinha paz, e ainda vivia à base das “previsões” que recebia dos encostos. Ou seja, tudo o que “diziam”, ela usava como referência e, dessa forma, pautava a vida.
Foi em meio aos problemas e ao desespero por não ter vida própria que Ana chegou à Universal. Mas, mesmo frequentando as reuniões e participando de orações de libertação, enfrentou muitas dificuldades para se firmar com Deus.
“Os encostos aos quais servia me dominavam, afinal, não queriam me perder. Para ter uma ideia, um certo dia, atravessando uma passarela na Avenida Brasil (no Rio de Janeiro), senti algo literalmente me empurrar, e ‘apaguei’ em seguida.”
Quando acordou, Ana estava no canteiro da pista e uma multidão de pessoas ao redor. Não morreu porque Deus, de fato, tinha um plano em sua vida.

“Durante a minha caminhada com Deus, fui obtendo vitórias: meu marido deixou as amantes e aceitou o Senhor Jesus. Eu me libertei das entidades malignas, meu casamento foi restaurado e minha primeira filha foi curada, entre muitas outras vitórias e curas. Contudo, num determinado momento – por falta de vigilância – acabei me afastando da presença de Deus, me separei e, por fim, mesmo com cinco filhos, acabei caindo na prostituição, tendo a vida virada do avesso.”
Destruição e liberdade
Ana ficou conhecida na internet pelos programas que passou a fazer. “Saía com diversos homens. Não comia e nem dormia. Minha vida virou um inferno. Entrei em depressão, porque no meu íntimo não queria aquela vida pra mim. Mas achava que não tinha mais jeito, inclusive, que Deus não me aceitaria de volta. Familiares, vizinhos e amigos diziam que eu era um caso perdido. Meu ex-marido, vendo aquela situação, também se afastou de Deus. Inconformado, contratou os serviços de um policial, que vigiava os meus passos”, recorda ela.

Mas, passado um tempo, o ex-marido de Ana voltou para a Igreja e passou a convidá-la para acompanhá-lo. “Mesmo relutando muito, um dia aceitei o convite dele, mas não foi fácil me reerguer. Se quando entrei pela primeira vez não foi fácil me firmar, dessa vez, a luta era ainda maior. Era uma guerra contra o meu eu. Foi árduo. Até que um dia tomei a decisão mais importante da minha vida: entreguei-me de fato e de verdade ao Senhor Jesus, perseverando como nunca e, consequentemente, venci”, garante.
Hoje, Ana diz que é feliz de verdade e desfruta de uma vida completamente diferente da do passado. E o casamento? Foi restaurado.
 “As pessoas que antes diziam que eu não tinha jeito, hoje veem uma nítida transformação em mim, e reconhecem essa mudança, que só foi possível quando me entreguei a Deus e tive uma real experiência com Ele.”

 

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